UROLOGIACAU

 CENTRO DE UROLOGIA E NEFROLOGIA

PETRÓPOLIS - CARLOS GOMES

Disfunção erétil (impotência).


         Disfunção erétil (DE) é definida como a constante incapacidade do homem em obter e/ou manter uma ereção peniana com rigidez e tempo de duração suficiente para uma satisfatória relação sexual (NIH, 1992).

         Poucos estudos existem sobre a epidemiologia da DE e muitos deles, devido a sua metodologia, nos impedem de tirar grandes conclusões. O primeiro estudo epidemiológico foi conduzido por Kinsey e cols. (1948) que admitia a ocorrência de disfunção erétil em 6,7% dos homens entre 45 e 55 anos e em 25 % até a idade de 75 anos. Diokno e cols. (1990) detectaram DE em 40% de um total de 283 homens acima de 60 anos de idade. Um estudo recente demonstrou que 52% dos homens inquiridos sobre performance sexual, com idade entre 40 e 70 anos, referiram algum grau de disfunção erétil, sendo disfunção completa em 5% dos homens com 40 anos, 10% aos 60 anos e 15% dos homens com 70 anos de idade (Feldman e cols., MMAS, 1994). Outros estudos demonstram uma prevalência de DE moderada a completa variável entre 30 e 40% (Spector e cols., 1986; Giuliano e cols., 1996).

         Admite-se que esta disfunção está diretamente relacionada com o avanço da idade e um em cada cinco homens após os 50 anos, e um em cada quatro homens após os 65 anos de idade apresentam queixas de disfunção erétil (Benett, 1994).

         Há uma série de fatores que estão associados DE. Diabetes mellitus, hipogonadismo, hipertensão arterial sistêmica, doença vascular periférica, hipercolesterolemia, baixos níveis de lipoproteína de alta densidade, drogas, doenças neurológicas, doença de Peyronie, alcoolismo, tabagismo, depressão, priapismo, insuficiência renal, infarto do miocárdio, neoplasias, obesidade, hiperlipidemia e desconhecimento da sexualidade são os fatores mais comumente envolvidos (Melman, 1995; Helgason e cols., 1997; Feldman e cols., 1997, Consenso Brasileiro de Disfunção Erétil, 1998). A ausência de uma atividade física regular também pode colaborar com este problema. Alterações vasculares são a principal causa da DE em pacientes diabéticos. A incidência de DE neste grupo varia de 10 a 75% dos casos (Saenz de Tejada e cols., 1989). Estas causas vasculares da DE podem ser prevenidas pela redução ou remoção de fatores de risco, como tabagismo, hipertensão, obesidade, hipercolesterolemia e sedentarismo (Quadri e cols., 1991). Alterações na hemodinâmica da ereção podem ser observadas em pacientes com infarto do miocárdio, cirurgia de revascularização miocárdica, acidentes vasculares cerebrais, doença vascular periférica e hipertensão arterial (Goldstein e cols., 1994). A hipertensão arterial sistêmica leva a algum prejuízo na ereção peniana de quase todos os pacientes (Virag e cols., 1985). O tabagismo é fator de risco para desenvolvimento de arteriosclerose nas artérias pudendas e penianas comuns, mesmo em pacientes jovens (Rosen e cols., 1995). Fumantes pesados apresentam mais arteriosclerose com alterações hemodinâmicas do que os tabagistas leves. O dano arterial se dá por aceleração da arteriosclerose (Fried e cols., 1986), mas ocorre também um efeito direto de vasoconstrição sobre as pequenas artérias penianas (Wein e cols., 1988). A prostatectomia radical é um importante fator de risco para disfunção sexual. A cirurgia está relacionada com DE, falência ejaculatória e alterações do orgasmo (Pierpaoli e cols., 1998). Aproximadamente 25% das DE são devidas a medicamentos (Benson, 1997). Agentes anti-hipertensivos como a alfametildopa, clonidina, reserpina, bloqueadores beta-adrenérgicos, hidralazina e os diuréticos causam disfunção sexual, desde diminuição ou perda da libido até DE, em percentagens que variam de 5 até 80% dos casos. Os antipsicóticos, tranquilizantes maiores e menores e os antidepressivos promovem distúrbios relacionados à libido, função erétil e ejaculação. O uso excessivo de álcool e cocaína também leva a problemas de ereção devido a sua ação central. A marijuana apresenta efeitos sobre os níveis de testosterona, sendo que no uso crônico há DE (Wein e cols., 1988). A insuficiência renal crônica está associada à perda de libido e DE. Estas alterações ocorrem por diminuição dos níveis de testosterona, diabetes mellitus, alterações vasculares, medicamentos e neuropatia (Lue, 1998). Acredita-se que aproximadamente 90% dos casos de disfunção erétil apresentem uma causa orgânica associada ao problema psicológico, contribuindo para a DE (Hellstrom, 1998).

         Alguns investigadores têm proposto uma investigação direcionada à possível forma de tratamento, e, desta forma, minimizar a avaliação, torná-la mais racional, mais objetiva e não dispendiosa (13). No início da década de 80, houve expressivo progresso no campo da investigação e tratamento da disfunção erétil, com a descoberta da ação da papaverina (14) e da fenoxibenzamina (15) sobre a musculatura lisa cavernosa. Entretanto, algumas dificuldades ainda persistem como a de separar com absoluta certeza indivíduos puramente psíquicos dos orgânicos. De um modo geral, os pacientes que apresentam dificuldades para obter ereções, sob qualquer circunstância, são portadores de alguma disfunção psicogênica.

         A história do paciente é o mais importante elemento na avaliação do homem com disfunção erétil. Faz-se mister definir claramente o problema sexual e procurar quebrar a tensão na primeira entrevista. O médico deverá valer-se de semântica acessível para que o paciente sinta-se à vontade em se referindo à genitália. É através de uma história minuciosa que se consegue captar a maneira pela qual o paciente encara o problema, bem como suas expectativas e necessidades. É necessário determinar se o problema é de uma disfunção erétil, de libido, do orgasmo ou uma disfunção ejaculatória (10). Deve-se analisar a história sexual e comportamental, assim como o uso de medicamentos ou drogas recreacionais (maconha, cocaína, álcool ou fumo) que possam estar relacionadas à disfunção. A história sexual do casal deve ser inteiramente averiguada, especificamente no que tange à libido, frequência das relações sexuais, presença ou não de orgasmo. Excentricidades sexuais, homossexualismo, princípios morais e outras questões éticas também devem ser discutidas. História de abuso sexual na infância também é importante investigar. O casal deve ser indagado especificamente sobre o detalhe na relação sexual que os incomoda. É importante determinar o início da sintomatologia ou quando tudo estava funcionando perfeitamente bem (11). Geralmente os casos de disfunção orgânica têm um início insidioso e progressivo, e ocorre mesmo na masturbação ou nas ereções noturnas. Nestes casos normalmente observa-se outras alterações orgânicas associadas, como hipertensão arterial sistêmica, arteriosclerose, cardiopatia ou diabete mellitus. Por outro lado, nas disfunções psíquicas, o início é súbito e podem estar relacionadas a um evento específico. São intermitentes ou mesmo estão relacionadas a uma parceira sexual e às outras não. As ereções noturnas geralmente estão mantidas, e não há problemas com a masturbação. Muitas vezes percebe-se que, acompanhando a disfunção erétil, o paciente queixa-se de diminuição de libido também. Nestes casos deve-se investigar o perfil hormonal no intuito de afastar hipogonadismo ou outras anormalidades hormonais menos frequentes. As neuropatias podem estar presentes nos casos de alcoolismo ou diabete. Às vezes o paciente possui algum distúrbio urinário e ou digestivo baixo que perturba a atividade sexual. Presença de ereções noturnas e ou matutinas não são provas definitivas de impotência psicogênica mas podem sugerir adrenergismo exacerbado (11). Normalmente, a disfunção orgânica caracteriza-se pelo declínio paulatino na rigidez peniana, na capacidade de obter e manter ereção no coito ou masturbação, enquanto que os comemorativos abruptos e geralmente ligados a um evento específico, como problemas financeiros ou separação conjugal sugerem mais uma disfunção não orgânica. A história psíquica deve prescrutar a presença de medo, culpa, raiva, ansiedade, depressão ou obsessão.

  

4.2 - Exame Físico

         Exame físico geral completo é imprescindível. A observação dos caracteres sexuais secundários, incluindo pesquisa de ginecomastia, palpação da tireóide, pulsos femurais, pediosos e abdominais, tamanho e consistência testicular, à procura de atrofia, presença de placas ou nódulos na albugínea do pênis (doença de Peyronie), hipoestesia perineal, reflexo bulbocavernoso (RBC) e tônus esfincteriano anal. Esfíncter hipotônico pode sugerir neuropatia periférica. Entretanto, até 30% dos indivíduos normais apresentam ausência do RBC (10). Homens com 40 anos de idade e história familiar de neoplasia de próstata, deverão ser submetidos ao toque retal. Homens acima de 45 anos de idade, invariavelmente, submeter-se-ão ao exame prostático. A presença de prepúcio com características inflamatórias, produzindo balanopostite ou que não retrai o suficiente para expor a glande ou qualquer circunstância que produza dor no pênis, deve ser averiguado.


 4.3 - Exames Complementares

 

4.3.1 - Exames Laboratoriais

         A avaliação mínima laboratorial a que deve se submeter o homem com disfunção erétil ainda é assunto controverso. Admite-se, entretanto, que é de bom alvitre checar glicemia, creatinina, colesterol LDL e HDL, triglicerídios e o eixo hipotálamo-hipofisário-gonadal. A incidência de endocrionopatia na disfunção eretiva é baixa, oscilando entre 1,7 % a 35 % (16). Entretanto, na atualidade, há necessidade de dosar a testosterona pois a mesma, além de influir na resposta reflexa peniana, muito provavelmente possui, como primeiro local de ação, o cérebro. O homem hipogonádico apresenta menor número de ereções espontâneas durante o dia e apresenta o teste de tumescência noturna anormal, sendo que a reposição hormonal reverte a referida anormalidade (17). Com a diminuição da testosterona decresce a produção e atividade do óxido nítrico, que é indispensável para a ereção (21). A medida da testosterona livre é a mais acurada como marcador de hipogonadismo (16). Pelas razões supra mencionadas, a dosagem da prolactina se torna necessária desde que a maioria dos indivíduos com hiperprolactinemia exibem marcada diminuição dos níveis séricos de testosterona.


4.3.2 - Teste de Ereção Fármaco-Induzido (TEFI)           

         A injeção intracavernosa de agentes vasoativos tornou-se uma prática tanto eficiente quanto conveniente na avaliação do homem com DE, desde que a resposta erétil reflete ostatus hemodinâmico peniano. É realizado através da administração intracavernosa de drogas vasoativas (prostaglandina E1, fentolamina e papaverina, entre outras), isoladas ou em combinação. O emprego destas drogas pode resultar no relaxamento da musculatura lisa arteriolar e cavernosa, levando à ereção peniana. Na hipótese de ocorrer ereção completa, 10 a 15 minutos após a injeção intracavernosa das drogas, e que perdure por pelos menos 30 minutos, admite-se ausência de significativos problemas vasculares. Se em 15 minutos não ocorrer ereção, a manipulação peniana deveria ser usada para sensibilização do teste (18). A eventual demora na obtenção de ereção (> 30 minutos) sugere doença arterial. A ausência definitiva de ereção não necessariamente indica disfunção cavernovenoclusiva. O estresse motivado pela injeção e pela circunstância do exame, pode produzir uma resposta simpática com liberação de norepinefrina, levando a uma resposta negativa ou parcial (19). A insuficiência arterial ou mesmo a combinação dos fatores mencionados podem negativar o exame. Um teste positivo significa competência cavernovenoclusiva, mas não necessariamente presença de função arterial normal. O TEFI permite a identificação de pacientes com impotência neurogênica, associada ou não à disfunção vascular (20). Vários esquemas de medicamentos, que se complementam, podem ser usados para o TEFI. Na atualidade sugere-se a combinação de drogas desde podem relaxar a musculatura bem como inibir com maior eficiência os eventos adrenérgicos. Lewis e King propõem 4,4 mg de papaverina, 0,15 mg de fentolamina e 1,5 mg de prostaglandina E1 (19). Alguns trabalhos sugerem que as respostas no relaxamento do corpo cavernoso produzindo ereção, podem estar relacionados com concentração dos fármacos. Nós administramos uma concentração maior dos mesmos com o precípuo intuito de não ter, quanto à dosagem, falso negativo: prostaglandina E1 10 mg, papaverina 50 mg 0,2 mg de fentolamina. Uma alternativa para obter-se um maior relaxamento da musculatura lisa é lançar mão de uma nova administração de drogas, se com a primeira não foi obtida ereção (10). A persistente negativa em obter ereção com agentes vasoativos é altamente suspeita para doença vascular ou da musculatura lisa do corpo cavernoso.

  

4.3.9 - Avaliação Psicológica

         A entrevista inicial com o paciente fornece elementos que sugerem alterações no perfil psicológico do mesmo. É importante obter o máximo de informação a respeito do tipo de vida, das fantasias e do comportamento sexual (38). Também devem ser afastadas outras possíveis causas de disfunção erétil como o abuso de drogas e desordens afetivas (38). Pode-se separar os fatores psicológicos que contribuem ou causam a disfunção erétil em três grupos: fatores predisponentes (experiências sexuais traumáticas, desinformação sexual, problemas de relacionamento), fatores precipitantes (depressão, ansiedade, idade, infidelidade) e fatores mantenedores (ansiedade de desempenho, sentimento de culpa, mitos sexuais, perda da auto-estima). A depressão, estresse, preocupações com o trabalho, jornada de trabalho muito extensa, poucas horas de lazer ou de sono, alteração do afeto com a parceira, preocupação com aspectos reprodutivos (tentando ou evitando gravidez), temor de desempenho depõem a favor de quadro psicogênico. Geralmente, o clássico sinal de disfunção psicogência é aquele relacionado com um evento específico. Ereções completamente normais, matutinas e ou vespertinas, espontâneas ou frente à circunstância erótica e na masturbação, são altamente sugestivas de disfunção erétil psicogênica, não obstante não afastarem definitivamente participação orgânica (38). A entrevista com a parceira sexual, conjunta ou não pode auxiliar o diagnóstico bem como o tratamento da DE. Independente dos dados da anamnese, vários questionários facilitam a análise individual do paciente. Destacam-se o Minnesota Multiphasic Personality Inventory (MMPI) e o Florida Sexual History Questionnaire (FSHQ) (39).A presença de disfunção erétil, independente de sua etiologia, pode precipitar alterações emocionais, as quais, por sua vez, podem piorar e ou perpetuar uma disfunção erétil orgânica incipiente.

  

5. Tratamento


5.1 - Clínico

         A manutenção de uma boa saúde ajuda evitar disfunção erétil. Isto implica controle do sedentarismo, obesidade, hipercolesterolemia e estresse. É imprescindível também o controle da hipertensão arterial, diabete, bem como evitar drogas recreativas, fumo e álcool.


5.1.1 - Medicamentos Via Oral, Transcutâneos e Uretrais

         O trazodone, que é um bloqueador alfa adrenérgico com efeito anti-serotonina central, usado como antidepressivo, é uma das drogas via oral com repercussão positiva na ereção. Acredita-se que produza efeito mio relaxante e há comprovação que a ação seja também central. Cinquenta e seis por cento de um grupo de pacientes tratados com 150 mg/dia de trazodone obtiveram resposta positivo. Cem mg ao dia, da mesma droga, em duas tomadas, acrescentando-se mais 150 mg, 1 hora antes da relação sexual, produziu melhora em pacientes diabéticos severos (40). Trazodone ocasionalmente pode produzir priapismo. O uso da fentolamina via oral mostrou-se eficiente em 42 % de homens com doença vascular não severa (41). Este achado foi confirmado com um novo estudo onde 30-40 % tiveram alguma resposta (42). O Minoxidil 2 % tópico, como solução ou spray, mostrou resposta muito pobre em homens com disfunção erétil. A administração de prostaglandina E1, 500mG intra-uretral, em estudo prospectivo controlado, através do sistema denominado MUSE (Medicated Urethral System for Erection), produziu rigidez peniana em 52 % dos indivíduos. O principal paraefeito foi discreto e transitório desconforto no pênis e períneo em 40-50 % dos pacientes (43). A melhora da ereção pode ser obtida após o uso do Alprostadil intrauretral usando-se uma banda constritiva peniana que ao comprimir o pênis evita a drenagem imediata pelas veias (44). A combinação de alprostadil e prazosin intrauretral não é mais eficiente do que o alprostadil isoladamente (45).

         Atualmente, a reposição da testosterona se impõe desde que, comprovadamente, o referido hormômio está intimamente relacionado com a ereção peniana. Esta reposição em pacientes cima de 45 anos, deve ser precedida pela averiguação do antígeno prostático específico (PSA). O Cloridrato de Ioimbina, com propriedade de bloqueador alfa 2 adrenérgico, mostrou ser eficiente em casos psicogênicos primários. Quinze mg ao dia, em 3 tomadas é geralmente bem tolerado pelo paciente. Mesmo em altas doses (100 mg/dia), não foi eficaz em pacientes com disfunção erétil orgânica (46).

         Recentemente o Sildenafil, Vardenafil e Tadalafil, que são poderosos e seletivos inibidores da fosfodiesterase 5, administrados via oral aproximadamente antes do coito, têm demonstrado uma significativa melhora da qualidade da ereção peniana desde que haja presença de libido (47, 48).  Os paraefeitos mais frequentes restringem-se à cefaléia, dispepsia e dor na musculatura pélvica todos toleráveis e raramente exigindo interrupção do tratamento.

         A apomorfina, administrada via oral (2 e 3 mg) pode produzir ereção em aproximadamente 67 % dos pacientes com disfunção erétil de etiologia psíquica. Os principais efeitos colaterais são náuseas e bocejos (49).

         A fentolamina, também administrada via oral (20-40 mg), produz ereção em 40 % dos indivíduos com disfunção erétil de diversas etiologias. Ainda está sendo objeto de estudo.

         

5.1.2 - Vacuoterapia

         O uso do vácuo, como opção terapêutica, tem aumentado significativamente nos últimos anos. Trata-se de uma alternativa que pode produzir e manter uma estado de ereção ou semi-ereção suficiente para penetração. Embora existam várias alternativas no mercado, todos basicamente dispõem de três componentes comuns: câmara de vácuo, uma bomba de vácuo que cria pressão negativa no interior da câmara e um constrictor aplicado na base do pênis. Este estado é mantido por algum tempo com o auxílio do anel de borracha que é colocado na base do pênis, e tem por objetivo impedir o efluxo de sangue pelo sistema venoso superficial. Após a colocação do anel, há uma importante diminuição do fluxo arterial (50). As complicações são raras, incluindo dificuldade na ejaculação, dor, parafimose, necrose de pele, cicatrizes, equimose, petéquias e mais raramente hematoma (50). As vantagens seriam a simplicidade, segurança, preço acessível, sem interferência em outros tratamentos, somente usado na circunstância desejada e podendo melhorar as ereções naturais de alguns pacientes. As desvantagens seriam, necessidade de destreza, cuidado com paciente sob terapêutica anticoagulante e um tempo máximo de uso de 30 minutos (51). Quando as ereções não são de boa qualidade somente com o vácuo, pode-se associar a farmacoterapia intracavernosa. Esta associação parece ser mais fisiológica, uma vez que ocorrerá um relaxamento muscular intenso devido à ação das drogas vasoativas. O uso do vácuo durante 6 meses produziu melhor ereção em 89 % de um grupo de 29 pacientes, tendo também ensejado o aumento na frequência das relações sexuais. O índice de abandono foi de aproximadamente 19 % no mesmo período de tempo (51). Em outra série, somente 22 de 74 pacientes que testaram o vácuo, mantiveram seu uso com bons resultados. Trinta e dois não obtinham rigidez suficiente para coito vaginal (52). A vacuoterapia promove um estado de ereção peniana suficiente para a penetração vaginal em muitos homens e aproximadamente 70% dos pacientes que experimentam esta alternativa continuam a empregá-la (50).

 

5.1.3 - Farmacoterapia intracavernosa (FIC)

         A farmacoterapia intracavernosa (FIC), que consiste na injeção de drogas no corpo cavernoso minutos antes do coito, apresenta-se, na atualidade, como uma das alternativas mais difundidas e eficientes no tratamento da disfunção erétil masculina. Trata-se de uma técnica segura desde que os pacientes sejam selecionados, treinados e conscientizados dos riscos e benefícios da mesma (53). Virag, pela primeira vez, fortuitamente, no decurso de um procedimento vascular cirúrgico, observou que o cloridrato de papaverina administrado na artéria hipogástrica produzia ereção (14). A mesma droga injetada diretamente em um dos corpos cavernosos produzia o mesmo efeito. Posteriormente, Brindley auto-injetou-se fenoxibenzanina, observando alterações penianas tipo tumescência e semi-ereção (15). Em nosso país, a primeira publicação de uma série controlada de pacientes usando FIC ocorreu já em 1988 (54). O objetivo precípuo da FIC é a obtenção de ereção rígida de tal sorte a ensejar o coito. Alguns pacientes não respondem a uma determinada droga, mas responderão a outra ou à combinação de várias delas. Ainda não existe uma droga ideal para o tratamento da disfunção erétil masculina. Entretanto, vários produtos estão à disposição dos pacientes para este fim, como a papaverina, fentolamina e prostaglandina, e o que mais é utilizado é a associação destas drogas.


INDICAÇÕES

         A FIC, a priori, está indicada para pacientes impotentes que respondem à terapia intracavernosa com drogas. Por esta razão, previamente são realizados testes de ereção fármaco-induzido, onde o medicamento ou a composição de medicamentos é escolhida. A monoterapia seria a alternativa primeira. Para os pacientes que não respondem ao uso isolado de uma droga, várias combinações são consideradas (67, 70). Os pacientes que melhor respondem são aqueles com disfunção erétil de origem neurológica. A FIC também está indicada nos indivíduos com moderada doença cavernovenoclusiva ou moderada arteriopatia. Portadores de arteriopatia ou doença cavernovenoclusiva severa não são contemplados com ereção após a administração de drogas no corpo cavernoso. Em pacientes impotentes psíquicos, muito bem selecionados, a FIC também está indicada, desde que combinada com a psicoterapia. O surgimento de ereção rígidas aumenta a autoconfiança, podendo abreviar a psicoterapia e diminuir o "temor de desempenho". Vinte e quatro por cento dos pacientes com disfunção de origem psíquica referem melhora espontânea após o tratamento (70).

  

5.2 - Cirúrgico


5.2.1 - Prótese Peniana

         O implante de prótese peniana se tornou mais popular na década de 70 desde que vários eventos marcaram época, destacando-se especialmente surgimento da prótese inflável e da semi-rígida siliconizada, para uso intra-corpo cavernoso (82, 83). A prótese inflável foi introduzida por Scott e colaboradores em 1973 e surgiu do trabalho efetuado no esfíncter urinário artificial. Em 1975, Small, Carrion e Gordon anunciaram uma grande melhora no silicone semi-rígido para prótese de pênis (83). Em 1980, Jonas e Jacobi apresentaram outra prótese flexível, composta de borracha siliconizada, cuja extremidade distal possuía resistência significativamente diminuída para prevenir perfuração através da glande. No seu interior, múltiplos fios de prata trançados, para evitar fadiga e ou fratura após sistemáticas flexões. A prótese inflável de um volume surgiu em maio de 1985, promovida pela AMS (89). Em 1988 surgiu a prótese OmniPhase, industrializada pela Dacomed. Tratava-se de uma prótese mecânica, composta de uma série de segmentos articulados de polisulfona, com um cabo central de ácido inoxidável, que mantinha os referidos segmentos juntos. O simples toque brusco ou flexão sobre a mesma, ativava o mecanismo eretivo (91). Em seguida surgiu a Duraphase, da mesma companhia, com os mesmos 12 segmentos de polisulfona, medindo 13 cm de comprimento e 10 e 12 mm de diâmetro, contudo sem o mecanismo ativador da ereção. A rigidez é obtida da mesma maneira que as maleáveis convencionais. Em 1988, a Mentor introduziu no mercado a prótese inflável de 2 volumes denominada Mentor GFS (93).


                        próteses maleáveis

    (importadas)                                  (nacionais)

a) AMS 600                                        a) HR

b) Dura II                                            b) Penile, Penile-Plus (Promni)

c) Jonas                                               c) Physics (EBN)

d) Mentor                                             d) Multiplast

e) Promedon

                       

próteses hidráulicas (importadas)

Um volume

a) Dynaflex (AMS)

Dois volumes

a) Mark II (Mentor)

b) Ambicor (AMS)

Três volumes

a) AMS 700CXM (AMS)

b) AMS Ultrex (AMS)

c) AMS Ultrex Plus (AMS)

d) Alpha I (Mentor)

 e) Excel (Mentor)


Indicação

         O objetivo do implante peniano é a produção de rigidez que enseja a penetração vaginal. É de responsabilidade do profissional da saúde desfazer eventuais fantasias do paciente no que concerne a vantajosas e inexistentes alterações estruturais penianas. Nestas condições, qualquer paciente com disfunção erétil e que deseja uma solução definitiva para seu caso, pode ser candidato ao implante de prótese peniana. Entretanto, o candidato ideal é o paciente cuja etiologia da disfunção eretiva é orgânica e que falhou nas demais alternativas terapêuticas conservadoras disponíveis ou não se adaptou à alguma delas. O implante deve ser evitado quando a disfunção erétil é circunstancial, temporária e reversível.


Complicações

         A infecção é a complicação mais significativa no implante de prótese peniana. Nestes casos, o tratamento clássico prevê a retirada da prótese e um novo procedimento será efetuado aproximadamente 3 meses após. Algumas complicações poderão advir como fibrose, dificultando novo implante e algum encurtamento peniano. Surgiu, então, a alternativa do reimplante precoce (72 horas) (96) e imediato (97), ambos com sucesso. A prótese infectada é substituída por uma nova e a infecção convenientemente tratada, prevenindo seqüelas sobre o corpo cavernoso.   


Referencias :


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Dr Carlos Teodósio Da Ros.

CREMERS 16962